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PENTEADOS não são feitos sozinhos. (4).j

QUANDO O CTG VIROU APENAS UMA ESCOLA DE DANÇA...

Foto do escritor: Patronagem EVPatronagem EV

Os ditos "tradicionalistas" que frequentam o Movimento, em sua grande maioria, o fazem apenas pela dança. Enquanto isso, a briga política e de Ego dos nossos líderes vai corroendo o Movimento "organizado".


dança gaucha

Buenas amigos,

Estamos passando por um momento um tanto conturbado no Movimento. O Presidente do MTG, Nairo Callegaro, publicou no seu editorial do mês de Junho, uma série de questionamentos realmente pesados sobre o momento atual.

Em determinado momento, o mesmo escreveu: "Fomos, diríamos, “conduzidos, formados, moldados” para não enxergar nada além desta ilusão construída para servir às conveniências, disputas, busca de poder e ego de quem não quer, não admite, a multiplicidade de protagonistas." (leia o editorial na íntegra aqui)

O texto não é totalmente direto, porém pode-se ter algumas ideias do que significa, e é sobre este tema que queremos tratar.


Nairo Callegaro

Também, em contrapartida, o Ex-Presidente, Manoelito Carlos Savaris, fez duras críticas ao editorial em questão, postando em suas redes sociais argumentos diretos ao Presidente atual do Movimento.

Frente a esta turbulência, começamos a pensar um pouco mais a fundo sobre.

Quem participa dos CTGs hoje em dia, o faz porque acredita em uma "ideologia"? O faz porque acredita no Movimento como "transformador da sociedade"?

Ou então o faz porque gosta de danças, fez algumas amizades, teve algumas boas experiências?

Sinceramente, o Movimento utópico em que o Ex-presidente Savaris cita algumas vezes, em que as pessoas "procuram os CTGs por serem ambientes familiares" e o fazem por livre e espontânea vontade, já não existe há um bom tempo.


Savaris

Estamos na geração concurso mais forte da história.

Tudo é voltado para formas de avaliação, principalmente dos grandes eventos (ENART, FEGADAN, JUVENART...). A busca por ter "alguém dos seus" lá dentro da comissão avaliadora, é cada vez maior.

Não tenho nenhum medo de dizer, que mais de 80% das pessoas que dançam hoje, estão literalmente CAGANDO para a nossa história, seja das danças, dos símbolos, dos fatos históricos... Desculpa o palavreado, mas é bom ser direto as vezes.

Esse Movimento que tanto prega uma ideologia - que vamos concordar que virou muito mais um Movimento POLÍTICO, do que organizado - está mais destruindo a nossa cultura, formando "cidadãos dançarinos competidores", e não tradicionalistas.


bandeira rs

Aí quando uma nova Presidência assume, tentando mudar algo, NEM QUE SEJA O DISCURSO (já que se mudar drasticamente na prática qualquer coisa, será julgado, e não duvidem - será tirado do seu cargo), é visto como errado.

"Como assim mudar as regras do ENART? Isso é que não vai acontecer!!"

A não ser que essa mudança seja pra simplificar ao máximo a vida dos grupos.

Já falamos outras vezes aqui, que não entendemos que o CONCURSO em si é maléfico ao Movimento. Mas há limites... A ideia sempre foi ser um meio, e não um fim. Paixão Côrtes fala em diversas obras suas, que todo o foco dos seus estudos nunca foi voltado aos concursos...

"Ah, então é errado eu querer ir bem no ENART? Nos rodeios? No FEGADAN???" - a resposta é CLARO QUE NÃO.

Porém não é tudo.

E hoje, isso é tudo para a grande maioria. Resultados negativos quebram grupos, e muitas vezes, Entidades inteiras. Resultados negativos fazem quem perde questionar a idoneidade de quem avaliou ("esse cara sempre puxa pro fulano...").


Paixão Côrtes

Se em algum momento não tivéssemos nos perdido no caminho, creio que o Seu Paixão ainda estaria andando lado a lado ao Movimento organizado, ao invés de buscar a distância, e continuar suas pesquisas por conta, mesmo com 90 anos de idade.

Não sabemos o que mudar. Como mudar. E onde mudar.

Mas sabemos que briga política, briga de ego, briga de interesses... não fomenta, e sim destrói um Movimento.

Por que não focamos na melhoria da GESTÃO das Entidades, ao invés de buscar agradar ao máximo apenas quem concorre aqui ou ali?

A cultura gaúcha não vai morrer, mas não por conta dos que vivem nos CTGs, e sim para os que fazem tradicionalismo diariamente, tomando seu mate, cultivando seus trabalhos manuais, com a lida do campo, dançando nos bailes, discutindo o que não veem como certo, levando suas ideias e opiniões adiante (ao invés de criticar de longe, torcendo para que algo dê errado).

Vida longa a Cultura Gaúcha, e que nossos Líderes consigam apoio da sociedade para qualquer mudança que seja, mas que mude.

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