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PENTEADOS não são feitos sozinhos. (4).j

HOSPITALIDADE: UMA QUALIDADE DOS GAÚCHOS!

Foto do escritor: Patronagem EVPatronagem EV

"Tchê, mas como assim hospitalidade? Nos outros lugares não é assim? O que acontece de diferente? Por que quem vem para cá se sente em casa?"


Hospitalidade Chimarrão

Buenas gauchada, tudo tranquilo? Quem nunca sentiu como é boa a sensação de pouco conhecer alguém, mas mesmo assim parecer que conhece de anos? Ou então de perceber que uma conversa fácil acontece, sem nem mesmo serem do mesmo grupo de amigos? Pois é, essa é uma grande característica de nós gaúchos!

Somos acostumados, muito graças a nossa origem, de estar "por aqui ou por ali", conhecendo novas pessoas, trocando novas ideias, novas informações... Ou seja, gostamos sempre de sermos bem recebidos, e para isso, também recebemos bem quem nos procure. Claro que nem todos Gaúchos são assim, ninguém é igual, mas a nossa essência nos remete a isso.

Para variar um pouco, e não somente eu estar escrevendo sobre, resolvi evocar os versos do grande mestre Jayme Caetano Braun, do livro "De fogão em fogão", de 1958, na sua poesia chamada "Hospitalidade". Não por acaso, ao ler, senti a ânsia de poder compartilhar, e fazer tu se sentir também um pouco mais Gaúcho!


Livro Jayme Caetano Braun

Então, segue a roda do mate, e da uma lida che!

"No linguajar barbaresco E xucro da minha gente Teu sentido é diferente, Substantivo bendito, Pois desde o primeiro grito De "o de casa" dado aqui, O Rio Grande fez de ti o mais sacrossanto rito! Não há rancho miserável Da nossa terra querida, Onde não sejas cumprida No mais campeiro rigor, Porque Deus Nosso Senhor Quando te botou carona, Já te largou redomona Sem baldas de crença ou cor! Dizem uns, que te trouxeram De Espanha e de Portugal E que neste chão bagual Criaste novo sentido, E o que além era vendido Transformou-se aqui num culto Onde o dinheiro é um insulto Com violência repelido! Tenho prá mim que és crioula Do velho pago infinito Onde até o índio proscrito Egresso da sociedade Na xucra fraternidade Dos deserdados da sorte Não respeita nem a Morte mas cumpre a Hospitalidade! Da chaleira casco preto, E a graxa que dá espeto Vai respingando na brasa, É o truco, que a cada vasa, Sempre está pintando "Flor", É rancho de corredor E sombra de oitão de casa!

Só uma pausa por aqui che! Se quiser depois de ler, conhecer um pouco sobre DANÇAS TRADICIONAIS GAÚCHAS, histórias do PAIXÃO CÔRTES, dar umas risadas lá no BOLICHO, conhecer nossos PARCEIROS ou então aprender algumas coisas no nosso MANUAL DO GAÚCHO DE APARTAMENTO, não perde tempo, é só clicar!


Versos de Jayme Caetano Braun

Hospitalidade é o grito Do quero-quero altas horas; É o tinido das esporas Da casa para o galpão; É o velho fogo de chão Que caborteiro crepita; É olhar de china bonita Quie nos queima o coração. É o charque de carreteiro Picado sobre a carona; É o lamento da cambona Que se perde campo fora; É china linda que chora Num derradeiro repique Pedindo que a gente fique Até que se rompa a aurora! Mas porém, sintetizada, Num traste de uso machaço A hospitalidade de um laço Bem grosso e de armada grande Que Deus trançou, prá que ande, Apresilhado ao rincão Nos tentos do coração Dos Gaúchos do Rio Grande!"

Então che, que sentimento bom ao terminar de ler, não acha? Aproveita para COMPARTILHAR e MARCAR teus amigos que te recebem bem, ou que nem tanto, para ver se aprendem. Não esquece de nos seguir nas redes sociais que estão aqui embaixo. Forte abraço!

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